“Quem fica parado é poste”. Quem nunca ouviu essa frase? Por mais simples que seja, é bem ilustrativa: estamos vivo(a)s, podemos nos mover para a direção que quisermos. Escolhas, lembra? Já falamos disso aqui. O mundo não para de girar e a vida não deixa de acontecer até que estejamos pronto(a)s para o próximo passo.
Em alguns momentos de vida pessoal e/ou profissional até pode acontecer de termos um tempo especial para (re)pensarmos no caminho que queremos seguir – como quem consegue se preparar, inclusive financeiramente, para um período sabático, por exemplo. Ou uma licença-médica, licença-maternidade – que não dá exatamente um ‘tempo para pensar’ mas, sem dúvida, proporciona inúmeras experiências não planejadas e, ainda que às vezes vire nossas vidas de ponta-cabeça, outros pontos de vista – praticamente sobre tudo.
Deveríamos todo(a)s, inclusive, passar pelo módulo de capacitação de ‘reprodução/simulação da maternidade’, para entendermos o que é literalmente ser responsável 24/7 pela vida de alguém, por todas as suas necessidades, expectativas e desejos, ter de ‘aprender fazendo’, errar muito e sequer ter tempo de lidar com as frustrações, acertar muito também e perceber a importância de celebrar as pequenas-grandes conquistas. Ter pessoas palpitando sobre tudo, com ou sem sua anuência, e sentir-ver-experienciar que sua intuição é uma grande aliada, uma espécie de bússola na imensidão oceânica que é criar um nova vida nesse mundo tão louco.
Talvez, assim, todas as pessoas, de quaisquer áreas, entenderiam que cada ser é único em suas potencialidades e desafios – e que todo(a)s somos mestres e aprendizes o tempo todo, só trocamos os papéis.
Como, então, estar minimamente preparado(a) nesse mundo que não para de girar, com tecnologias que tornam nossos conhecimentos obsoletos literalmente da noite para o dia, novas gerações alterando linguagens, códigos e status quo – e a inteligência artificial atravessando nossas cabeças, redes e nuvens?
“Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje” é outro ditado popular antigo, que nos lembra de não procrastinar o que pode ser importante para nos manter vivo(a)s – no sentido real e figurado – e atualizado(a)s na área e organização em que atuamos.
Claro, não dá tempo de fazer tudo, de ser 100% ‘up-to-date’ o tempo todo, com todas as inovações e experimentos mundo afora – ficaríamos como hamsters correndo na roda, sem olhar para o que acontece na vida real. Temos nossas responsabilidades, objetivos/metas/prazos e toda uma agenda fora do território corporativo.
Mas pesquisar o que há de novo (ou revisitado) e bom, conversar com diferentes pessoas, participar de cursos e imersões, congressos, intercâmbios – são práticas a se manter no radar.
Não precisamos ser o(a)s melhores em tudo, mas podemos ser realmente bons/boas em algumas atividades ou áreas de conhecimento. Sempre há uma utilidade ou aplicação para qualquer habilidade. E se você quer ser uma das referências de determinado assunto – ainda que seja dentro da sua empresa ou grupo social –, estudar nunca é demais.
Capacitar-se tem a ver com ‘tornar-se apto(a)’ para realizar alguma coisa – ainda que seja só falar-pensar-criar, sem necessariamente envolver trabalho técnico ou manual. Tem a ver com obter ou desenvolver habilidade(s), que podem ter um foco específico ou um entrelace de amplo espectro.
Independentemente da sua escolha – como colaborador(a) contratado(a), líder de equipe ou gestor(a) de pessoas –, seja qual for o tema ou área de atuação, vale lembrar que “conhecimento bom é conhecimento compartilhado”. E que, mais do que o certificado, diploma ou chancela, o mais importante de tudo é você buscar ‘ser a melhor versão de você mesmo(a)’ – aí sim, o tempo todo, em qualquer lugar.
Qual o motivo de trazermos essa versão ‘namastê’ de recursos humanos? Muito simples – também já falamos sobre isso aqui: não adianta uma companhia ter o(a)s profissionais mais ‘capacitados’ técnica e tecnologicamente, com altos investimentos em softwares e hardwares, os melhores maquinários e instalações, se ele(a)s não souberem lidar com outras pessoas. Se não tiverem resiliência e jogo de cintura para lidar com imprevistos; paciência, criatividade e força de vontade para ‘virar o jogo’; e sabedoria para transformar as diversidades e adversidades em parceria e união.
As melhores capacitações só fazem sentido porque nós, pessoas, existimos – e se nós, seres humanos, interagirmos e nos comunicarmos com clareza, verdade e propósito. Se transformarmos o que recebemos (de informação, dado, conhecimento) em algo bom e útil para alguém e para o mundo – para além das metas, lucros e royalties; para além de mim e de você.
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