Se não agora, quando?
Se não você, quem?
Sim, essa é uma daquelas situações em que você – e somente você – é quem decide quando e como – porque ninguém calça seus sapatos nem sonha os seus sonhos. Nem sente como seu coração bate dentro de você.
Pode parecer óbvio, mas é importante ressaltar que o (seu) desenvolvimento profissional é, antes de mais nada, assunto seu. Mesmo que a empresa/empreendimento onde você atua demonstre bastante interesse no desenrolar desse processo e, claro, nos resultados positivos. Você pode ter o acompanhamento de um(a) coach e/ou mentor(a), como já falamos aqui, mas as decisões nos check-points são suas.
Isso não quer dizer que não possa aceitar sugestões de parceiro(a)s, da sua equipe, liderança ou até mesmo de alguém de fora do seu grupo de trabalho. Recomendações e experiências compartilhadas são sempre bem-vindas. E contribuem para as pessoas se integrarem, praticarem a escuta ativa e se conhecerem melhor. Às vezes, alguém tem uma visão a seu respeito – e de suas qualidades e talentos –, que até então você não percebia. Mas é a sua intuição, o seu coração e a (qualidade e o grau da) sua ambição que vão funcionar como termômetro.
O quente-frio da brincadeira de criança passa a valer nesse jogo de adulto(a): com o tempo (e a prática), você vai sentir se tal curso/programa/experiência o(a) aproxima mais do tesouro escondido ou não; o que foi perda de tempo e o que foi uma ponte ou salto incrível pra você alcançar um outro estágio da sua persona profissional e, por vezes, de você integralmente como ser humano – e isso é o mais precioso em toda a jornada.
E o que significa a expressão ‘desenvolvimento profissional’ pra você? Ter um plano de carreira/empreendimento e se dedicar a adquirir ou fortalecer suas habilidades, assim como cuidar das oportunidades de melhoria, para atingir seus objetivos? Estudar, pesquisar, conversar com experts, participar de cursos e conferências, para ser uma referência de pessoa (sempre) atualizada na sua área de atuação? Ter cada vez mais conhecimento, autoconfiança e autonomia no que e como faz? Preparar-se para assumir – e dar conta – de mais/maiores responsabilidades?
Quanto de envolvimento pessoal há nesse desenvolvimento profissional? Quanto você está disposto(a) a abrir, descascar, deixar ir, transmutar, deixar chegar, absorver, integrar? O que, dentro de você, acende (e mantém acesa) essa vontade de ir além do básico, do mediano, do ‘suficiente’? Só aumentar a remuneração e ser promovido(a)? Chegar no topo da pirâmide, ser reconhecido(a) no mercado? Ser o(a) melhor em tudo que faz? Ou fazer de tudo para ser uma pessoa melhor?
O que faz você levantar todos os dias e prosseguir com esse plano? Está no piloto automático ou se (re)descobrindo a cada semana? Está curtindo essa fase ou “não vê a hora de chegar logo” – e chegar aonde…?
Ser um(a) profissional reconhecido(a) na empresa, no mercado e até internacionalmente não necessariamente faz de você uma pessoa melhor. O desenvolvimento profissional passa por uma (r)evolução pessoal também – e vice-versa – e isso é bom!
O mundo se transforma constantemente – e nesse momento atravessa uma das fases mais desafiadoras em todos os sentidos. Como e o que desenvolver dentro de você e em seu caminho, nesse cenário de tantas incertezas, imprevistos, revezes?
Daí a importância de observar os significados de cada coisa-passo-movimento daqui pra frente.
Coragem, em sua etimologia, traz como uma das mensagens “agir com o coração”. Tenha a coragem de se importar com o que é bom para você, para as outras pessoas e para o mundo. De que adianta erguermos nossos castelos, se tudo ao redor estiver ruindo, não é mesmo…?
Cada qualidade/habilidade que você escolher desenvolver no campo profissional pode influenciar na sua vida pessoal também – e, consequentemente, no seu ecossistema. Por exemplo: você é uma pessoa muito tímida e com dificuldade de conversar com desconhecido(a)s, expressar-se em público – e decidiu investir em oratória e desenvoltura de linguagem e expressão corporal. Observe como se sente durante todo esse processo e como isso impacta em suas relações no dia-a-dia – você pode se surpreender. Para além dos benefícios na sua carreira/empreendimento, o aumento da sua autoconfiança e autonomia será inevitável. Isso sem contar os conhecimentos que adquirimos e os contatos que estabelecemos em uma nova rede, ao nosso redor e com nossa própria pessoa. Talvez um dia você veja uma foto ou vídeo antigo e não se reconheça. Prazer, quem é você hoje? Apresente-se!
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