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Foto do escritorHenrique Augusto Pires Rezende

Qual a importância do plano de desenvolvimento profissional?



“Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve” – disse o gato à Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll. Esta frase se tornou famosa e utilizada em diversas situações, porque diz muito em poucas palavras. Diz muito sobre a vida, as escolhas que fazemos e, principalmente, sobre nós – o quanto precisamos nos conhecer melhor, pra então sabermos para aonde ir.


A vida é tão imprevisível que, de vez em quando, pode ser boa a sensação de se ter algum planejamento. Mesmo que, lá na frente, você se arrependa do caminho escolhido e queira mudar tudo – acontece e não há culpa nem culpados. Quantas pessoas escolhem e cursam uma faculdade para, anos depois, se “encontrarem” em outra área? Um engenheiro que vira chef de cozinha, uma dentista que decide ser médica e depois fotógrafa, uma advogada que vira professora de yoga.


Sim, o plano de desenvolvimento profissional pode ser utilizado por qualquer pessoa que queira, como o próprio termo diz, desenvolver-se a médio-longo prazo no segmento em que atua – ou em alguma nova atividade.

Vamos usar como exemplo uma viagem de férias. Mesmo que você seja daquelas pessoas que amam aventuras e improvisos, sempre alguém nos dá a dica de algum lugar pra conhecer ou de alguma experiência ‘inigualável’, que anotamos na agenda, celular ou papel de pão. E aquela pesquisa básica também não falta, não é!? Tempo de viagem, rotas, comércio local, lugares pra comer, se hospedar ou acampar, opções para quem vai com crianças e atrações locais que, muitas vezes, apresentam informações histórico-geográficas e alertas de grau de dificuldade (como trilhas, escaladas, cavernas) – olha aí novamente o autoconhecimento e a consciência nos convidando a olhar com sinceridade pra dentro de nós mesmo(a)s.


Esse mesmo olhar você pode utilizar para pensar sua trajetória profissional – esteja ela no início ou já com uns bons anos de estrada. E ainda escolhe se quer com (bastante) aventura ou não. Como o roteiro de um filme com uma história linear (mais) previsível ou uma série com cinco emocionantes temporadas.


Aonde quer chegar, que ferramentas precisa adquirir e que habilidades desenvolver pra chegar lá, em quantos capítulos pretende percorrer esse roteiro, quanto tempo pretende se dedicar a cada etapa de sua jornada.


E se resolver mudar de destino, não há problema: veja se há alguma rotatória indicando a próxima saída ou uma encruzilhada que o(a) leve a outra direção. Respire. Inspire-se. Comece outra vez. Escreva outro plano.


Resiliência e persistência são duas fiéis escudeiras boas de se ter por perto – não apenas nos momentos desafiadores, quando algo não sai como esperamos, mas também quando a vida nos presenteia com grandes saltos que parecem nos tirar do prumo. Muitas vezes um atalho brilhante como diamante pode significar um adianto no tempo mas, ao mesmo tempo, a perda de experiências importantes e preciosas para consolidar a base ou pavimentar a estrada do seu ser profissional.


Voltando ao seu plano de desenvolvimento, lembre-se: ele é seu e de mais ninguém. Claro que você pode contar com sugestões, mentorias, coaching’s – e inspirações de diversas fontes. Mas quem vai trilhar esses passos é você – que sabe onde os sapatos apertam, quando quer andar descalço(a), em que ritmo e até que ponto. Se ainda não sabe, saberá quando for a hora. Considere o plano como um mapa localizador, um GPS que sai do seu coração: risque, rabisque, faça anotações, desvios, acréscimos, mudanças de rota. Perceba, ao longo da trajetória, se seu estilo é mais conservador ou audacioso – não há certo ou errado, mas é importante que você se conheça, se aceite e se valorize. Não compare seu plano ao de outras pessoas. Apenas siga diante enquanto estiver feliz.


Este, aliás, é o seu termômetro: sua felicidade, saúde e bem-estar valem mais que qualquer plano ‘bem-estruturado e alinhado aos objetivos da empresa’.


Trace suas metas, defina suas estratégias, estime o tempo e recursos a serem investidos. Estude os possíveis percursos, percalços e recompensas. Pense também no depois, no que vai fazer depois que ‘chegar lá’.


‘Lá’ envolve tantas possibilidades…! E podemos ter mais de um plano de desenvolvimento profissional na vida – assim como planos de negócios, parcerias, casamentos, formaturas. ‘Nada se perde, tudo se transforma’, já dizia a música.

Seja qual for sua escolha, lembre-se do coelho de Alice – entre os vários caminhos, escolha um.


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